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quinta-feira, 5 de julho de 2012

REVISIONISMO - A DESFIGURAÇÃO DA LUTA

                          DE VOLTA À TUPÃ - 10 ANOS DEPOIS
  CONTRA O REVISIONISMO SOVIÉTICO
VISÃO AÉREA DO KREMLIN E CARTAZ SOVIÉTICO DA ÉPOCA DO REVISIONISMO        - A FIDELIDADE AO REVISIONISMO  SOVIÉTICO DESFIGURAVA AS LUTAS -
Encontramo-nos em uma reunião, que entre outros, estavam presentes: Carlos Marighella,Giocondo Dias, Mário Schemberg. Era uma eleição para a nova direção do estadual de SP. Afirmei, que discordando do revisionismo Kruschevista , que tomara conta do comitê central, só atuaria em organização de massa seguindo minha orientação pessoal. Soube mais tarde, que Amazonas, Grabois, Arruda, Pomar e Danielli também discordavam do revisionismo e da fidelidade que o PCB mantinha ao PCUS do sr. Kruschev. Foi difícil entender e explicar aos outros militantes, que a direção e sua maioria no partido tinham se afastado do caminho revolucionário. Que a própria URSS, já não era a pátria do socialismo e do internacionalismo proletário, que nós defendemos por tantos anos.
Foram substituídos na direção : Arruda, Grabois e Amazonas. Depois expulsos com Pomar e Danielli.Saíram também José Duarte de São Paulo e Sérgio Holmos do RGS. Diógenes Arruda Câmara foi para a base em Pernambuco. Centenas se afastaram por conta própria, como Jorge Amado, Caio Prado Jr. e outros.
Atuei com a comissão política, que fez a transição para a estrutura partidária no estado de São Paulo, ao lado de Dinarco Reis (camarada "André"), Câmara Ferreira e Sanches Segura. Na organização eu, Viana Vieira de Ribeirão Preto e Pepe de Bauru. 
Fiquei em Marília, onde vendi livros, depois fui para Duartina, onde trabalhei com meu cunhado Milreu, com quem tinha aprendido mecânica e lá trabalhei com ele em uma loja de material elétrico  até 60, quando voltei para Tupã . Devido à morte de minha mãe, eu e minha família  (mulher e dois filhos) moramos com meu pai  trabalhei na agência da Willys e na oficina  Autoelétrica 13, com o professor Leticiano Sano. Ali organizei o PSB, ( Partido Socialista Brasileiro) e recebia o "Voz Operária".
PADRE  LEVA SEMINARISTAS DE MARÍLIA PARA IMPEDIR COMÍCIO EM TUPÃ
 FONTE : TERRA LIVRE
Um acontecimento, que marcou foi um comício na campanha dos vereadores Geraldo Rodrigues e Luis Tenório de Lima, que esteve em Tupã. Ele era da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação onde inseriam-se as usinas de açúcar . Tenório Lima tinha uma base na Usina Paredão de Oriente , próxima dali , onde havia estado por várias vezes.
No comício de 04 de Julho de 1962, houve uma provocação organizada por alguns padres de Marília, que foram à Tupã levando jovens seminaristas com intenção de impedir a realização do comício. Contaram com ajuda do Pe. Tomáz do Colégio Dom Bosco e de alguns fazendeiros locais.
Houve um choque , entre os provocadores e os promotores do comício. A polícia interveio em defesa do comício, que além de legal era do PTB - Partido Trabalhista Brasileiro - do presidente da república.
No confronto, os comunistas levaram a melhor. O padre Tomáz foi atingido, precisou ser levado ao Pronto Socorro, onde levou 18 pontos na cabeça.
A comunidade católica não concordou com sua atuação, naquele espisódio. Disseram, que a Igreja não devia se intrometer na campanha política daquela maneira. Depois disso, ele foi removido da cidade.
Naquelas eleições municipais, o PSB elegeu o professor Sano, como suplente e depois ele assumiu a vereança.
No período entre 60 e 64, expandiram-se as organizações de camponeses. Surgiram centenas de sindicatos no país.
A partir de 62, fixei-me na construção do PCdoB.
clandestinoedgard@gmail.com

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