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terça-feira, 21 de agosto de 2012

STM 1972 - TRIBUNAL DE EXCEÇÃO

                  DEOPS 
    STM 1972 - TRIBUNAL DE EXCEÇÃO
 
PROCESSOS DA ALA VERMELHA :  TODAS AS PENAS INICIAIS FORAM ALTERADAS OU REVOGADAS. FONTE: ARQUIVOS DIGITAIS DA INTERNET
          Cercado por agentes do DOI CODI, fui levado ao prédio do DEOPS onde prestei um rápido depoimento de menos de 20 minutos, sob a supervisão dos militares. Em seguida, trazido de volta à sede do DOI-CODI.
           Não fui entregue à polícia de nenhum estado, nem em SP. Fiquei sempre sob custódia do Exército, em todos os lugares em que estive.
          Depois duas vezes à Auditoria Militar onde fui depoente nos processos da Ala Vermelha e de Tarzan de Castro. Os processos da Ala de 69 e 71, foram unificados mas separados do processo de Tarzan e de sua companheira uruguaia, Cristina Uslenghi, que foi expulsa do Brasil.
         Depois todas as penas dos ali condenados, foram alteradas ou revogadas. A maior foi a de Élio Cabral, que já estava indiciado antes de ser capturado. Nossa luta tinha de centrar em sua defesa.
                  DEFESA DA ALA VERMELHA                                        NA AUDITORIA MILITAR
                                                                                              
DEPOIMENTO SEPARADO, ENCAMINHADO AO JUIZ DA 2ª AUDITORIA ASSINADO PELO DELEGADO-TORTURADOR EDSEL MAGNOTTI , O "ESPECIALISTA" DO DEOPS EM DEPOIMENTOS FORJADOS.
 
INCLUÍDO NO PROCESSO E ASSINADO PELOS MEMBROS DA ALA VERMELHA                                          PRESENTES NA AUDIÊNCIA                                                            
          O Dr. Hélio Navarro falou pelos onze advogados, que estavam presentes. Entres esses, estavam Raimundo Pascoal Barbosa, José Carlos Dias, Rosa Cardoso e mais sete, cujos nomes não sei. A audiência durou oito horas, de manhã até às 17hs.
          Meu depoimento foi trocado por "Roberto" por ordem do comandante do DOI- CODI, Carlos Alberto Brilhante Ustra. Fui retirado do processo. Citaram-me como testemunha-informante no processo da Ala e testemunha-numerária no processo de Tarzan. Élio como testemunha-informante. Não havia acusações contra mim. Tive de reconhecer Diniz,  Élio e Ney Jansen dentre cada sete, que faziam levantar. Foi ridículo, pois todos nós já estávamos ali , todos devidamente identificados. 
                                           
CAPITÃO ANDRÉ LEITE PEREIRA FILHO,CHEFE DO INTERROGATÓRIO E ARQUIVO DO DOI-CODI,  A PARTIR DE 1972, PASSOU A USAR O CODINOME "DR. EDGAR".         ERA O INFORMANTE DO JUIZ-AUDITOR NELSON GUIMARÃES MACHADO                                  
                                              CONDICIONAL  
 
DOCUMENTO ASSINADO  PELO COMANDANTE DO DOI -CODI. FOI FORNECIDO AO ME LIBERAREM DE LÁ PARA APRESENTAR CASO FOSSE PRESO POR OUTROS POLICIAIS DO DEOPS OU MILITARES. ME MANTINHA "SOB TUTELA" DO EXÉRCITO. 
          Ao ser liberado em 05 de Novembro de 1971, fui para Itanhaém no Litoral Sul de SP, onde viviam minha companheira Juracy e meus filhos.

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