NESTOR VERA DO INTERIOR DE SP E FRANCISCO JULIÃO DO PERNAMBUCO, DAS LIGAS CAMPONESAS.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
1- MEU DEPOIMENTO NA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE
Marcado para o dia 25/02, terça-feira, em São Paulo, meu depoimento para Comissão Nacional da Verdade. Será fechado e acompanhado por dois pesquisadores. Desde o fim da ditadura e desde que comecei a divulgar as memórias políticas de meu pai, no livro escrito por ele - CLANDESTINO, com extratos no blog http://www.clandestinoedgard.com/ será a primeira vez, que o assunto será tratado diretamente com um órgão público.
Minha infância e adolescência foram marcadas diretamente pelas perseguições e prisão, que meu pai passou. E, depois continuou atingido pela deturpação de sua história real trocada por uma farsa armada no próprio DOI-CODI, mas que alguns ex-presos políticos passaram a ratificá-la, sem o devido apuro. Como ocorreu no livro COMBATE NAS TREVAS de Jacob Gorender, que procurado recusou-se ao dialogo, mantendo a versão da repressão.
Vou confiante, que pelo menos a partir desse depoimento possa ser considerado o contraditório. Manter uma falsa informação gerada nos órgãos de informação da ditadura para atender seus próprios interesses contra os trabalhadores (os principais atingidos pelo seu sistema opressivo), é manter o temor da realidade afrontando a democracia básica pela qual tantos lutaram e lutam.
2- MEU DEPOIMENTO, ONTEM, NA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE.
Durou 4hs., ontem à tarde, meu depoimento aos pesquisadores da Comissão Nacional da Verdade. Depois de 43 anos, quando aos 14 anos acompanhei minha mãe, minha tia, minha irmã e meu pai , que estava aprisionado na OBAN/DOI/CODI, na rua Tutóia, em SP volto a tratar o assunto com vista a busca de nossa verdadeira participação nesse período ainda obscuro de nossa história.
Deu para tratar dos principais eventos, reflexo da guerra fria, no Brasil. As lutas, prisões, recuos e avanços, abordados por uma ótica livre das repressões, que sempre permearam as lutas dos trabalhadores, que meu pai participou: a organização dos lavradores em Marília, o levante de Tupã, as lutas com camponeses da Alta Araraquarense e na Sorocabana ao lado dos companheiros Nestor Vera, o dr. José da Silva Guerra, que fez o parto de minha mãe quando eu nasci, em Presidente Bernardes, o processo de ruptura e reconstrução do PC do B, no início da década de 60, o enfrentamento com o golpe militar de 64, as perseguições, viagem à China e na volta a formação de bases de apoio da luta contra a ditadura no MT, a Ala Vermelha, a resistência aos agentes da OBAN, prisão , torturas, e a luta contra deturpação de seu papel e suas posições políticas nos acontecimentos, que viveu.
Como vivemos e sobrevivemos. A participação da família. As mudanças. Minha participação na contracultura. Outras formas além da luta armada. Livro, textos, músicas, idéias, comportamentos, novas mídias, ciberativismos.
Falei livremente e fui ouvido com atenção, por pesquisadores um tanto preparados, sem pressão,interrupção ou tentativa subliminares de condução para esta ou outra verdade conivente à este ou aquele interesse, que não fosse o assunto e a época tratada.
Se, a Comissão Nacional da Verdade tem limites, em relação à Justiça necessária e requerida por todos sobreviventes das violações sofridas pelo autoritarismos daqueles tempos de opressão, pelo menos há a expectativa de trazer à tona os fatos, mais próximos de como eles foram e através do apuro e cumprimento da justiça histórica subsidiar a sociedade para que não mais aconteçam.THAELMAN CARLOS
Marcado para o dia 25/02, terça-feira, em São Paulo, meu depoimento para Comissão Nacional da Verdade. Será fechado e acompanhado por dois pesquisadores. Desde o fim da ditadura e desde que comecei a divulgar as memórias políticas de meu pai, no livro escrito por ele - CLANDESTINO, com extratos no blog http://www.clandestinoedgard.com/ será a primeira vez, que o assunto será tratado diretamente com um órgão público.
Minha infância e adolescência foram marcadas diretamente pelas perseguições e prisão, que meu pai passou. E, depois continuou atingido pela deturpação de sua história real trocada por uma farsa armada no próprio DOI-CODI, mas que alguns ex-presos políticos passaram a ratificá-la, sem o devido apuro. Como ocorreu no livro COMBATE NAS TREVAS de Jacob Gorender, que procurado recusou-se ao dialogo, mantendo a versão da repressão.
Vou confiante, que pelo menos a partir desse depoimento possa ser considerado o contraditório. Manter uma falsa informação gerada nos órgãos de informação da ditadura para atender seus próprios interesses contra os trabalhadores (os principais atingidos pelo seu sistema opressivo), é manter o temor da realidade afrontando a democracia básica pela qual tantos lutaram e lutam.
2- MEU DEPOIMENTO, ONTEM, NA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE.
Durou 4hs., ontem à tarde, meu depoimento aos pesquisadores da Comissão Nacional da Verdade. Depois de 43 anos, quando aos 14 anos acompanhei minha mãe, minha tia, minha irmã e meu pai , que estava aprisionado na OBAN/DOI/CODI, na rua Tutóia, em SP volto a tratar o assunto com vista a busca de nossa verdadeira participação nesse período ainda obscuro de nossa história.
Deu para tratar dos principais eventos, reflexo da guerra fria, no Brasil. As lutas, prisões, recuos e avanços, abordados por uma ótica livre das repressões, que sempre permearam as lutas dos trabalhadores, que meu pai participou: a organização dos lavradores em Marília, o levante de Tupã, as lutas com camponeses da Alta Araraquarense e na Sorocabana ao lado dos companheiros Nestor Vera, o dr. José da Silva Guerra, que fez o parto de minha mãe quando eu nasci, em Presidente Bernardes, o processo de ruptura e reconstrução do PC do B, no início da década de 60, o enfrentamento com o golpe militar de 64, as perseguições, viagem à China e na volta a formação de bases de apoio da luta contra a ditadura no MT, a Ala Vermelha, a resistência aos agentes da OBAN, prisão , torturas, e a luta contra deturpação de seu papel e suas posições políticas nos acontecimentos, que viveu.
Como vivemos e sobrevivemos. A participação da família. As mudanças. Minha participação na contracultura. Outras formas além da luta armada. Livro, textos, músicas, idéias, comportamentos, novas mídias, ciberativismos.
Falei livremente e fui ouvido com atenção, por pesquisadores um tanto preparados, sem pressão,interrupção ou tentativa subliminares de condução para esta ou outra verdade conivente à este ou aquele interesse, que não fosse o assunto e a época tratada.
Se, a Comissão Nacional da Verdade tem limites, em relação à Justiça necessária e requerida por todos sobreviventes das violações sofridas pelo autoritarismos daqueles tempos de opressão, pelo menos há a expectativa de trazer à tona os fatos, mais próximos de como eles foram e através do apuro e cumprimento da justiça histórica subsidiar a sociedade para que não mais aconteçam.THAELMAN CARLOS
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
"O LEVANTE DE TUPÃ" NA COMISSÃO DA VERDADE DE SP
"O LEVANTE DE TUPÃ" NA COMISSÃO DA VERDADE DE SP
No dia 16/12/2013, uma segunda-feira ensolarada na cidade de São Paulo - VIOLÊNCIA NO CAMPO DESDE 1946 - foi o tema tratado na Comissão da Verdade Rubens Paiva de SP. O assunto repressão e resistência dos trabalhadores rurais ocupou o todo o tempo da 107ª Audiência da Comissão, realizada no auditório Paulo Kobaiashi da Assembléia Legislativa de SP - ALESP. A mesa foi dirigida, inicialmente, pelo deputado Adriano Diogo e depois pelo assessor Ivan Seixas, que tomou a palavra em um gesto de censura (como podem observar no vídeo) impedindo-me de dar continuidade a história, que tinha como desdobramento as lutas na Alta Araraquarense, ao lado de Nestor Vera e depois na Alta Soracabana, também com o médico Dr. José da Silva Guerra.
Ao meu ver esta atitude de um membro da mesa, que deveria ter como norma básica a liberdade de expressão, mostra que ainda permanecem sequelas da ditadura no comportamento dos que ainda não se livraram e se recusam a necessária autocrítica aos autoritarismos, venham de onde vier: da esquerda, do centro ou da direita. Não podemos esquecer os ensinamentos de mestres revolucionários, como Leon Trotsky, que disse "só a verdade é revolucionária".
Discorreram sobre o tema : o professor de história Cliff Andrew Welch (2:30); a advogada Sonia Novais Moraes (1:00); a profa. Larissa Bombardi (1:21); o pedagogo Dumeni Vera Martins (2:07) - sobrinho de Nestor Vera; eu, escritor, Thaelman Carlos(2:44) filho de Edgard de Almeida Martins e organizador de suas memórias; seguido pelo pe. holandes Renê(2:55).
Dessa história, muito ainda precisa ser contado e revelado.
THAELMAN CARLOS
Os nºs ao lado dos nomes indicam o tempo em que cada depoente iniciou sua fala. Quem quiser ir direto, é só arrastar com o mouse a bolinha embaixo no painel do vídeo, até o tempo escolhido.
No dia 16/12/2013, uma segunda-feira ensolarada na cidade de São Paulo - VIOLÊNCIA NO CAMPO DESDE 1946 - foi o tema tratado na Comissão da Verdade Rubens Paiva de SP. O assunto repressão e resistência dos trabalhadores rurais ocupou o todo o tempo da 107ª Audiência da Comissão, realizada no auditório Paulo Kobaiashi da Assembléia Legislativa de SP - ALESP. A mesa foi dirigida, inicialmente, pelo deputado Adriano Diogo e depois pelo assessor Ivan Seixas, que tomou a palavra em um gesto de censura (como podem observar no vídeo) impedindo-me de dar continuidade a história, que tinha como desdobramento as lutas na Alta Araraquarense, ao lado de Nestor Vera e depois na Alta Soracabana, também com o médico Dr. José da Silva Guerra.
Ao meu ver esta atitude de um membro da mesa, que deveria ter como norma básica a liberdade de expressão, mostra que ainda permanecem sequelas da ditadura no comportamento dos que ainda não se livraram e se recusam a necessária autocrítica aos autoritarismos, venham de onde vier: da esquerda, do centro ou da direita. Não podemos esquecer os ensinamentos de mestres revolucionários, como Leon Trotsky, que disse "só a verdade é revolucionária".
Discorreram sobre o tema : o professor de história Cliff Andrew Welch (2:30); a advogada Sonia Novais Moraes (1:00); a profa. Larissa Bombardi (1:21); o pedagogo Dumeni Vera Martins (2:07) - sobrinho de Nestor Vera; eu, escritor, Thaelman Carlos(2:44) filho de Edgard de Almeida Martins e organizador de suas memórias; seguido pelo pe. holandes Renê(2:55).
Dessa história, muito ainda precisa ser contado e revelado.
THAELMAN CARLOS
Os nºs ao lado dos nomes indicam o tempo em que cada depoente iniciou sua fala. Quem quiser ir direto, é só arrastar com o mouse a bolinha embaixo no painel do vídeo, até o tempo escolhido.
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